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ITAMARATY FAZ REPARAÇÃO A DIPLOMATA SABOIA, PERSEGUIDO NA ERA DILMA


O diplomata Eduardo Saboia, herói brasileiro que salvou a vida do ex-senador boliviano Roger Molina, entrou no Quadro de Acesso para promoção a embaixador. Começa-se a fazer justiça no Itamaraty. Perseguido no governo Dilma, foi deixado no limbo da carreira pela covardia do então chanceler Antônio Patriota, cujo gabinete chegou a ordenar que Molina fosse confinado a um cubículo, durante o longo e penoso asilo de 456 dias da embaixada do Brasil em La Paz. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.


Eduardo Sabóia foi punido por honrar as tradições da Casa de Rio Branco, desafiando a omissão e a crueldade do governo brasileiro.

Chefiando interinamente a embaixada de La Paz, Saboia percebeu que Molina corria risco de morrer. E assumiu o risco de tirá-lo da Bolívia.

O chanceler José Serra faz justiça a Saboia, mas comete o erro de aceitar a indicação de Patriota para a embaixada do Brasil em Roma.




"Agradeço as manifestações de carinho de todos pela minha entrada no quadro de acesso, distinção com que o Ministro José Serra me honrou. Para quem não é do MRE, aqui vai uma breve explicação. A cada etapa da carreira, o diplomata deve preencher determinados requisitos para ser promovido, tais como tempo de classe, tempo de exterior. Há também requisitos de formação e aperfeiçoamento. Para ser promovido a Ministro, por exemplo, é preciso escrever uma tese e defendê-la no Curso de Altos Estudos. Mas não termina por aí! Cumpridas essas exigências, o diplomata tem que concorrer para o quadro de acesso, isto é, tem que batalhar para ser incluído na pré-seleção de pessoas que podem ser promovidas. Essa lista é produzida a partir de um sistema de votação e de seleção com participação das chefias em vários níveis e do Ministro de Estado. Entrar no quadro de acesso, portanto, depende de uma combinação de apoios de colegas e das altas chefias. 

Quero, portanto, agradecer aos colegas que votaram em mim e que defenderam minha candidatura não apenas desta vez, mas também nas ocasiões anteriores em que, apesar das circunstâncias adversas, recebi votação expressiva. 

Agradeço minha família e tantas pessoas amigas que me apoiaram e me deram bons conselhos nestes últimos anos. Não podia deixar de dar uma palavra de gratidão ao meu chefe, senador Aloysio Nunes Ferreira, que generosamente me acolheu. Tem sido uma honra trabalhar na Comissáo de Relações Exteriores e um prazer conviver com tantos colegas do Senado. 

Como estamos no Ano da Misericórdia, aproveito para dizer o seguinte sobre a minha saga boliviana: Muitos cometeram erros e eu certamente cometi os meus. Estou convencido de que todos, de uma forma ou de outra, pagamos pelos nossos erros. Não cabe a mim fazer essa contabilidade, que, de resto, não me interessa. Todos aprendemos alguma coisa, e é isso o que mais importa. Não devemos esquecer o que foi errado ou eximir a responsabilidade pessoal de cada um. Mas devemos, sim, deixar de nutrir ressentimentos. Temos que cultivar o respeito mútuo e olhar para frente com confiança".