Documentarista Dado Galvão e o senador boliviano Roger Pinto, refugiado no Brasil, durante gravações para o documentário
Missão Bolívia, em Brasilia, agosto de 2013.
Ex-senador boliviano Roger Molina, que morreu depois de um acidente aéreo, já tinha perdido um genro com a equipe da Chapecoense;
Dois acidentes aéreos marcaram, em nove meses, de forma trágica o asilo político do ex-senador boliviano Roger Pinto Molina no Brasil.
Molina, 58 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (16) no Hospital de Base em Brasília, vítima de uma parada cardiorrespiratória. O avião de pequeno porte que o ex-senador pilotava caiu no último sábado (12), em Goiás.
O avião era pilotado pelo ex-senador
Refugiado no Brasil, ele era sogro de Miguel Quiroga, piloto que morreu no voo do time da chapecoense, em novembro do ano passado, em Lá Union, na Bolívia.
“Uma tristeza. Era meu genro, mas considerava como um filho, porque casou muito cedo com a minha filha e sempre moramos juntos”, contou Molina na época do acidente com a delegação brasileira.
“Se tudo deu certo foi graças aos funcionários da embaixada do Brasil em La Paz, na Bolívia”, a frase foi uma das primeiras ditas pelo ex-senador ao pisar em solo brasileiro, em agosto de 2013. Ele foi resgatado da embaixada do Brasil em Lá Paz, na Bolívia, em uma operação que durou mais de 22 horas.
O senador foi transportado num veículo diplomático, escoltado por fuzileiros fortemente armados até a fronteira do Brasil, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde embarcou num avião com destino a Brasília.
O político da bancada de oposição a Evo Morales afirmava sofrer perseguição após denunciar membros do governo que estariam envolvidos com o narcotráfico.
O cineasta brasileiro Dado Galvão acompanhou a trajetória de Molina desde do asilo na embaixada brasileira, registrada no vídeo documentário “Missão Bolívia”.
Confira: