META-SE COM SUA VIDA, MADURO
O Itamaraty, se verdadeira liderança nele houvesse e juízo prevalecesse, já teria cuidado de expedir, rapidinho, uma de suas tão bem redigidas Notas ao governo da República Bolivariana da Venezuela, requerendo à Chancelaria do país amigo maior discrição das autoridades locais sobre os assuntos internos do Brasil.
É que, por índole, assim como não gostamos de extremistas de esquerda ou de direita – em particular aqueles que se acham no direito de meter a colher de pau no nosso angu – também não gostamos de que autoridades estrangeiras que fiquem a proclamar basófias sobre os rumos que devemos ou não tomar.
Aqui no Brasil, apesar de nossas mazelas e manipulações, continuamos a dar preferência ao regime democrático. Além do mais, não costumamos levar a sério o que pensam e dizem os caudilhos ou condottiere de qualquer jaez, fardados ou não, em particular os que, dirigindo países falidos, ousem sugerir rumos a serem tomados pela Nação brasileira. Se a Venezuela quer continuar com seu processo revolucionário de cunho populista, que o faça, que vá sozinha para o buraco, mas sem querer que nele nos enfiemos juntos.
Circula pelo YouTube – e os acessos já avançam para a dezena de milhão-, a exaltada manifestação do comandante máximo do governo bolivariano da Venezuela, o impávido colosso Nicolás Maduro, ex-militante da Liga Socialista da Venezuela e herdeiro político do falecido Hugo Chávez (com quem ocasionalmente se comunica, no além, como o fez por intermédio de um irrequieto passarinho que no ano passado lhe apareceu numa capelinha, em Barinas), para comemorar a vitória de Dilma Rousseff nas últimas eleições.
Para Maduro, a vitória de Dilma nas eleições é percebida como uma conquista revolucionária! O pessoal mais antigo do PT adorou a visão, com bandeiras vermelhas e a instalação do regime comunista do Brasil. Mas, creiam, foi só uma visão. O Brasil é maior do que essa coleção de estapafurdices…
Não pense esse tal Maduro, caricatura populista bolivariana, que com agrados ao PT o Brasil vai perdoar a enorme dívida que seu país tem com as empresas brasileiras.
Fonte: Diário do Poder