Pena para diplomata que auxiliou fuga de senador boliviano está 'sob exame'
Seis meses após a sindicância que apurou a responsabilidade do diplomata Eduardo Saboia na retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina da Embaixada do Brasil em La Paz, o processo continua "sob exame" da corregedoria. O Itamaraty diz que não há data para concluir o julgamento do encarregado de negócios que pôs lenha na crise diplomática que derrubou o chanceler Antonio Patriota.
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O prazo legal para publicar a decisão após o fim da sindicância é de 20 dias, mas não é prevista punição por descumprimento. O auditor Dionísio Carvalhedo, que presidiu o processo, diz que a comissão sob o comando da Controladoria-Geral da União já foi dissolvida por ter cumprido sua missão. Como tramita em sigilo, ele não confirma que a pena indicada ao diplomata é de "advertência por escrito". O Itamaraty também não se manifesta sobre as conclusões.
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"Estamos aguardando a notificação oficial", diz Ophir C avalcante Júnior, advogado do diplomata. Saboia espera a decisão lotado no Departamento de Assuntos Financeiros do Itamaraty, em Brasília.